o sonho nunca se esgota
o pensamento na porta
o pensamento na porta
a xícara de chá morna
e o vento fugaz
tudo se desfaz
a areia com olhos vivos
os limites pagãos
a rápida volta às entranhas do mundo
lugares oximoros
Plutão, Nova York, Cazaquistão
estar la e aqui
assistir meu pai, com olhos de minha mãe
subir e descer montanhas
permanecendo ainda inerte
fumar transar andar
e não sentir
correr pular socar
e não existir
pulsões inconscientes
querer o que não quis
dizer o que não se diz
pagar para falar com o demônio
entender Deus Buda e filosofia zen
explorar vísceras e cavernas assombrosas
caminhar entre
o inicio o meio e o fim dos tempos
ser o eu articulista, santo ou querubim
e com uma simples batida na porta
despertar de um inacessível
despertar de um inacessível
espetáculo onírico
The Persistence of Memory, Salvador Dalí

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